Vô contá como é triste ao vê a veíce chegá, Vê os cabêlo caíno e vendo as vista incurtá. Vê as perna trumbicano, com priguiça de andá, Vê aquilo esmoreceno, sem força prá levantá. As carne já vão sumino, vai aparecêno as vêia, As vista vai diminuíno e cresceno a sombrancêia. As coisa vão encurtano, vão aumentano as orêia, Os ôvo fica dipindurado e o pinto sempre arquêia. A veíce é uma triste doença que dá em todo irmão, Dói os braço, dói as perna e dói os dedo da mão. Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o pumão, Dói tudo e ninguém qué mais vê o jogo do timão. Quando a gente fica véio, tudo de ruim acontece, Vamos passano pelas rua e as menina se oferece. A gente óia tudo, mas pede discurpa e agradece, E vai logo correno pro médico de plantão do INSS. No tempo que eu era moço, o sol prá mim briava, Eu tinha mil namorada, tudo de bão me sobrava. As menina mais bonita, da cidade eu bolinava, Eu fazia sexo todo dia, o bichim nem descansava. Mas tudo isso passô, faz tempo ficô prá tráis As coisa que eu fazia, hoje já num sô capaiz. O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz, E prá falá a verdade, nem trepá eu trepo mais. Quando chega a veíce, tudo na vida vira desgraça, Até pra cantá as muié todo hóme véio se embaraça, Quando pega a muié, vai pra cama, beija e abraça, Porém só faz duas coisa: solta peido e acha graça.
quinta-feira, 26 de março de 2009
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